quarta-feira, 19 de maio de 2010

Sem planejamento, sem expectativas!

Vou confessar: eu que gosto tanto de dormir, hoje até contemplo e agradeço esta soneira toda que embaça a minha visão e quase me faz dormir ao volante.
É conseqüência de uma noite ‘bem’ dormida.


[...] Se encontraram num lugar não tão convencional, não era o mesmo de sempre, no horário de sempre, com o mesmo intuito de sempre.
Não que havia um ‘plano’, mas ela, controladora que é, sempre estava com tudo muito calculado.
Sentiu um ar de leveza, o que causou certa estranheza diante dos últimos acontecimentos.

A beijou na bochecha, ofereceu um gole...
Elogiou seus cabelos, e trocou de rádio como sempre.
Ela voltou para aquela música da Alanis que a deixava à vontade para cantarolar e dirigir... como se não houvesse mais nada, nem o trânsito.
Não é que o danado mudou de novo, e a permitiu ouvir quando chegasse em casa... ah! Mas que abusado...
A ‘sintonia’ quase perfeita...

Enquanto o esperava, ela tratou de retocar a maquiagem e o perfume.
Ele voltou leve, claro, e com aquela camiseta colorida que ela não curte muito.
Sentiu seu cheiro que era diferente, como tudo naquela noite.
O desconforto de um quase primeiro encontro e a angústia por não ter tudo já planejado, a deixou com o semblante preocupado e com as mãos tremulas e suando frio.
Ele percebeu... acariciou o seu nariz e disse:
- ainda sou o mesmo de ontem, mas você me faz bem.

Entre um gole e outro, um toque!
Ela sabia o que isso significava.
O coração não bateu, capotou!

Lá pelas tantas, cantarolram músicas do Lulu Santos - especialmente 'Tudo Bem'
Com um coro duplo bem forte: 'e a gente vive junto, e a gente se dá bem...'♪
Eles tinham aqueles minutos pra terminar a cerveja e compartilhar um cigarro.
Nessas horas eles costumavam falar, falar, falar...
Era tão intenso que nem percebiam o tique-taque do relógio.
Na despedida, aquele looongo abraço.
Um cheiro no pescoço e uma confissão:
- sinto muito desejo por você.
Ele a olhou, acariciou seus cabelos. Ela continuou:
- você sabe o que está fazendo, não? Então me beija.
Seus lábios estavam gelados, sua mão percorria suas costas e seu pescoço.
Ela estava em êxtase. Até aquele momento tudo era imprevisível. Tudo era uma interrogação.
Como poderia haver tanta confusão? eles já se conheciam, já se entrelaçavam sem maiores questionamentos.
A sintonia sempre foi perfeita!
O que causou este tumulto?
Perguntas que ela não se importou em saber as respostas.
Tudo era o momento. O calor do momento tão esperado.

E dirigiu escutando “Sete Cidades” da Legião Urbana, como de costume.
Era sua musica de ir embora.

♪♪  Já me acostumei com a tua voz
Com teu rosto e teu olhar
Me partiram em dois
E procuro agora o que é minha metade
Quando não estás aqui
Sinto falta de mim mesmo
E sinto falta do meu corpo junto ao teu
Meu coração é tão tosco e tão pobre
Não sabe ainda os caminhos do mundo
Quando não estás aqui
Tenho medo de mim mesmo
E sinto falta do teu corpo junto ao meu
Vem depressa pra mim
Que eu não sei esperar
Já fizemos promessas demais
E já me acostumei com a tua voz
Quando estou contigo estou em paz
Quando não estás aqui
Meu espírito se perde, voa longe... ♪♪

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