segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Nada mais a fazer...



Não há nada que eu possa fazer. E não há ninguém que possa ajudar.

Na melhor das hipóteses vou ter uma amiga paciente pra me levar num bar e ouvir minhas lamentações e, eventualmente, me levar pra casa com segurança quando eu me comportar como uma idiota.

Na verdade, até existe alguém capaz de curar minha dor, mas esse alguém não costuma ter pressa: ele se chama tempo. Então tenho que procurar levantar minha cabeça, e dar um passo adiante, por menor que seja, porque ainda tenho um longo caminho a percorrer dentro desse inferno.

Ter pena de mim mesma não vai ajudar em nada, e por mais que eu não queria acreditar, sei que existe algum prazer em cultivar esse sofrimento. Sim, estar triste é uma forma de exercer a paixão, quando o alvo dessa paixão já se foi.

Estou usufruindo o meu direito de estar eternamente apaixonada...
E isso é ótimo, prova que sou uma romântica.

Mas, coisas ótimas não costumam ser baratas, e tem que pagar seu preço.



Em algum momento, tudo isso vai passar. E nesse caso, quando o furacão for embora, ele não deixará destroços, como se nada tivesse acontecido. Ai vou recuperar minhas noites de sono. Vou me sentir revigorada, vou estar feliz comigo mesma, e levantar minha auto-estima. Estarei pronta pra entregar meu coração à outra pessoa, mesmo correndo o risco de parti-lo em mil pedaços novamente, porque o amor... sempre vale a pena.

sábado, 5 de maio de 2012

Ressaca Moral


Acordo às 03:47 da madruga com uma sede imensa e com aquele gosto de ressaca...
o gosto predominante é da ressaca moral.

Não era pra ser tão difícil ser eu mesma.
Ser menos infantil tenho certeza que será fatal.

Essa intensidade nunca me fez bem.
Mas agora percebo que se eu não controlar e dosar muito bem isso, vou acabar seguindo um caminho que leva a um labirinto... e eu nunca lidei bem com a sensação de estar perdida.

Sei que minha ressaca teve vários motivos.
A expectativa me fez aceitar determinadas situações que jamais imaginei.

E dessa vez decidi: nem epocler, nem chá de boldo!

A receita vai ser ligar o f#d@-se e vamos que vamos.

Nunca tive medo da vida, nem das rasteiras que ela nos dá, nem dos obstáculos que muitas vezes eu mesmo invento...

E dessa vez o único obstáculo está sendo a minha capacidade (ou falta de) de ficar quieta, de deixar as coisas acontecerem...

Pressa pra quê?

quarta-feira, 25 de abril de 2012

O amor é punk!

Eu já passei da idade de ter um tipo físico de homem ideal para eu me relacionar. Antes, só se fosse estranho (bem estranho). Tivesse um figurino perturbado. Gostasse de rock mais que tudo. Tivesse no mínimo um piercing (e uma tatuagem gigante). Soubesse tocar algum instrumento. E usasse All Star. Uma coisa meio Dave Grohl. Hoje em dia eu continuo insistindo no quesito All Star e rock´n roll, mas confesso que muita coisa mudou. É, pessoal, não tem jeito. Relacionamento a gente constrói. Dia após dia. Dosando paciência, silêncios e longas conversas. Engraçado que quando a gente pára de acreditar em “amor da vida”, um amor pra vida da gente aparece. Sem o glamour da alma gêmea. Sem as promessas de ser pra sempre. Sem borboletas no estômago. Sem noites de insônia. É uma coisa simples do tipo: você conhece o cara. Começa, aos poucos, a admirá-lo. A achá-lo foda. E, quando vê, você tá fazendo coraçãozinho com a mão igual uma pangaré. (E escrevendo textos no blog para que ele entenda uma coisa: dessa vez, meu caro, é diferente). Adeus expectativas irreais, adeus sonhos de adolescente. Ele vai esquecer todo mês o aniversário de namoro, mas vai se lembrar sempre que você gosta do seu pão-de-sal bem branco (e com muito queijo). Ele não vai fazer declarações românticas e jantares à luz de vela, mas vai saber que você está de TPM no primeiro “Oi”, te perdoando docemente de qualquer frase dita com mais rispidez. Ah, gente, sei lá. Descobri que gosto mesmo é do tal amor. DA PAIXÃO, NÃO. Depois de anos escrevendo sobre querer alguém que me tire o chão, que me roube o ar, venho humildemente me retificar. EU QUERO ALGUÉM QUE DIVIDA O CHÃO COMIGO. QUERO ALGUÉM QUE ME TRAGA FÔLEGO. Entenderam? Quero dormir abraçada sem susto. Quero acordar e ver que (aconteça o que acontecer), tudo vai estar em seu lugar. Sem ansiedades. Sem montanhas-russas. Antes eu achava que, se não tivesse paixão, eu iria parar de escrever, minha inspiração iria acabar e meus futuros livros iriam pra seção B da auto-ajuda, com um monte de margaridinhas na capa. Mas, caramba! Descobri que não é nada disso. Não existe nada mais contestador do que amar uma pessoa só. Amar é ser rebelde. É atravessar o escuro. É, no meu caso, mudar o conceito de tudo o que já pensei que pudesse ser amor. Não, antes era paixão. Antes era imaturidade. Antes era uma procura por mim mesma que não tinha acontecido. Sei que já falei muito sobre amor, acho que é o grande tema da vida da gente. Mas amor não é só poesia e refrão. Amor é reconstrução.É ritmo. Pausas. Desafinos. E desafios. Demorei anos pra concordar com meu querido Cazuza: “eu quero um amor tranqüilo, com sabor de fruta mordida”. Antes, ao ouvir essa música, eu sempre pensava (e não dizia): porra, que tédio! Ah, Cazuza! Ele sempre soube. Paixão é para os fracos. Mas amar - ah, o amor! - AMAR É PUNK.
(Fernanda Mello)

domingo, 1 de abril de 2012

Recuar

E desde que passou a ser uma questão de honra mostrar e provar quem ela era, e quem ela não era, vem se perdendo nas entradas e nas saídas...

E por conta disso, permanece.

Sim! ciente dos seus excessos, mas não abre mão de ser exatamente quem é. Com todos os defeitos, qualidades, ímpetos e inquietudes.

Pode permitir assustar, perder, decepcionar...

E apesar de nunca se sufocar, sabe exatamente a hora de recuar...

domingo, 8 de janeiro de 2012

Reinventar


Me senti perdida, inicialmente...
Mas depois percebi que então eu tinha me encontrado.
Eu sabia exatamente o que eu queria, e principalmente o que eu não queria.

Aquela angústia que eu nunca soube dar nome, hoje só me faz lembrar o quanto é bom estar aliviada...
É como um corte, que deixa a cicatriz, mas vc tem a vaga lembrança da dor...

O medo... nunca entendi o medo que sentida de algo que eu nem conhecia.
Ficar sozinha, por nunca ter ficado, me assombrava...

Hoje entao decidi deixar acontecer, pra ver no que dá.
Dizem que o que vc mais teme só deixa de existir quando vc enfrenta...

E a certeza que Deus está comigo, me fez enxergar que nunca estarei sozinha.

Não quero mais lágrimas no travesseiro, nem tomar pílulas e pílulas pra dormir... pro tempo passar.
Quero cantar enquanto dirijo, enfeitar o meu mural com fotos e lembranças boas...
Não quero mais imaginar como poderia ter sido diferente
Quero fazer diferente...

Sabe aquela vontade repentina de mudar tudo de lugar, de trocar todas as cores, deixar bem colorido, alegre...
Comprar roupas, sapatos e bijouterias novas...
Traçar metas, fazer planos, desenhar os sonhos...
Ler aquele livro, estudar aquela matéria...
Enxugar aqueles quilinhos...
Conhecer gente nova, estreitar os laços com os amigos mais queridos e verdadeiros...

Ah... começar uma nova vida aos 27 anos!!!
Engraçado... porém com mais maturidade, mais experiências e aprendizados!
Afinal, pra algo os erros tem que servir!