terça-feira, 18 de maio de 2010

O filme de uma tragédia de amor

... e eu que sempre quis ter o papel principal.

É tão estranho querer estar do lado de fora agora... só observar como as coisas teriam sido se eu nunca tivesse surgido nesse script.

Se desculpar de uma culpa que não existe, levantar de um tombo que não existiu, limpar a sujeira que, de tão límpida e clara, todos poderem observar, apreciar, e até sentir seu cheiro.
'Sujeira' que não existe porque esta só está nos olhos de quem vê.

Ninguém dedica sua vida à tragédia de outra.
Nesse filme, todos têm o seu papel: os vilões.
Mas os vilões também choram, sofrem, sentem, penam... e no final estão sujeitos às consequências que o autor decide. O julgamento!
Geralmente não tem ninguém para defender e entender seus motivos, por mais que esses motivos não justifiquem, eles existem SIM...
Pra dar início a algo que poderia ter sido com você...

E aonde estão os mocinhos? As vítimas? Os puros e indefesos?
Nesse filme só vai ter vilões e juízes?

Talvez seja fácil estar do lado de fora, olhar tudo com olhos de quem não é atingido. O olhar de um juiz que na verdade não tem o poder de julgar nada.
Juiz este que, no seu íntimo, pensa que poderia ter sido com ele, pois não é uma questão de amor... nem de princípios. E sim de sentimentos.

Quem define o que é certo e errado?
Alguém arriscaria me dizer quais são os princípios da fome, da vontade, dos desejos, das cores, dos cheiros, das músicas, da mente...?
Quem pode interferir no que o seu coração pede? Porque este não pede... Ordena! Move! Impulsiona! Faz por você!

É nessa hora que vem a pergunta pré-sentença:

Como você administra os seus mais podres desejos?
Com a mesma mão que administra os seus mais puros sonhos?

Qual foi o veredicto?

é... meu bem!
Sinto lhe informar que não existe um roteiro pré-definido pras coisas do coração.
Por isso existem finais felizes, mortes trágicas, casamentos, filhos e loucuras nas últimas claquetes.

Aqui o que morreu, nunca viveu.
Era um papel muito irrelevante pra contracenar no final.

Um comentário:

  1. Cara Amiga Dani

    Conheci-te através do Porto das Crónicas da nossa querida Tais. Vim ao teu blogue e gostei. Convido-te, por isso, a visitar a Minha Travessa e seres seguidora dela, o que desde já te agradeço.

    O Amor não se compra, não se vende - vive-se. Creio ter-te compreendido, minina. Os 25 anos - já tive, já tive... - são o exemplo disso mesmo. E eu próprio tomei nota de que «não existe um roteiro pré definido para as coias do coração». Bonita imagem.

    Desculpa a chatice que te possa causar este ‘tuga desavergonhado e escrevinhador. Também ando pelo Facebook, o que quer dizer que estou aposentado, mas vivo. E tão bem disposto quanto seja possível…

    Qjs = queijinhos = beijinhos

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