quarta-feira, 12 de maio de 2010

Montanha Russa

Hoje eu queria escrever como está sendo difícil me manter centrada. No trabalho, nos estudos, nos planos... ou qualquer coisa!
Tem um turbilhão de coisas no meu pensamento... mas só consigo pensar em como continuar com vc, ou esquecer de vez. Simples assim!
Penso ser calculista... eu meço cada espaço, pra caber as palavras certas!
Mas que porcaria de plano é esse que não dá certo?
Sou amável, amiga, amante, confidente, cúmplice, protetora, carente, carinhosa, alegre, bonita, durona, confiante...
E tudo mais que as matérias de revistas ensinam a ser pra conquistar alguém de vez.
E não consigo desvendar você.
Que uma hora é o cara que me faz querer “casar e ser feliz pra sempre
E noutra me enlouquece e me faz pensar: “o que estou fazendo aqui?


MONTANHA RUSSA...
Essa é a definição pra esse nosso... nosso... NOSSO o que???


Ontem dormimos abraçadinhos, você sussurrou um bom dia que penetrou na minha alma... me abraçou com os braços fortes e quentes, do jeito que mais gosto. Pude sentir seu cheirinho único e que eu amo tanto!
Fizemos tudo perfeitamente, como sempre...
Me beijou, guardou nossas coisas e foi mais um dia comum...


Hoje atendo o telefone e vc me diz que é melhor esperarmos a poeira baixar...
Fica mudo, calado... não expressa NADA.


E como já são anos e anos, já sei que não adianta perguntar.


Resta-me tentar te desvendar, entender como e se existe mistura de sentimentos, porque, sinceramente prefiro acreditar nisso. Não acostumei a viver tanto tempo com alguém e simplesmente da noite (maravilhosa, por sinal) pular pra manhã sem borboletas...
Mas esse é o seu jeito, e fico a roer as unhas tentando articular um plano pra reverter isso. Por mais que minha consciência diga pra eu voltar pra casa, e assistir a um bom filme, ler um livro ou simplesmente dormir... porque isso vai passar, como todas as outras vezes que passou, e cá estamos em mais uma dose.


Será que a resposta é porque está ficando meio “clichê” essa historia de dar uma confusão, a poeira abaixa, a gente morre de saudade... e fica nesse sobe e desce???


Tá bom, vamos ser amigos somente, e novamente...
Isso é mesmo o que há de melhor em nós... somos os melhores porque somos amigos!
Mas as despedidas amigáveis sempre deixam dúvidas... é um abraço mais demorado, beijos na bochecha que desenrolam pelo pescoço... e voltamos a estaca zero!
Ficar sem se ver é quase nulo! Sempre temos “contas” a acertar... coisas pra devolver... assuntos pra tratar.


É tanto sobe e desce, que eu sinceramente estou ficando com náuseas!
Há um questionamento tão sério quanto o que é bom e o que é ruim, o que faz bem e o que faz mal.
Você me confunde, me entope de dúvidas, mas continua aí e aqui.
O que acontece com a sua voz quando temos que decidir? O que acontece com seus olhos que não se permitem cruzar os meus?
O que acontece com suas mãos que acabam por ficar entrelaçadas no meio das pernas. Molhadas!
Te vejo um adolescente neste instante: decidindo entre o “futuro certo” e as sensações da montanha russa aqui.
E sua essência eu sei que você gosta da adrenalina de descer com as mãos pro alto, a sensação de liberdade.
Mas você sonha em ser um cara sério que, deste ponto de vista, os parques de diversões não te agradam mais.
A verdade nua e crua é que você ainda não soube decidir entre ser o que você é ou o que você gostaria de ser.
E se isso que me faz esperar é o amor, eu não sei.

Não luto contra o que não é perfeito. Entendo! Nem sempre o que é fora do convencional rotulado por aí é o correto. Eu nunca fui tão certinha a ponto de considerar minha caminhada uma linha reta... tá mais pra corda bamba! O que a torna imprevisível, emocionante e deliciosa de se viver.

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