quarta-feira, 23 de junho de 2010

Mulher pra casar...


Certo dia conversando com um amigo, ele me disse que certas mulheres não são pra casar.

A mulher pra casar deve ser “certinha”. Virgem, seria o ideal, mas hoje em dia deve-se contentar com aquelas que foram mais resistentes a permitir a intimidade.
E as mulheres com vocação para dona de casa... mas como hoje em dia a mulher também participa do orçamento doméstico, pode até trabalhar... mas a família, a casa e o marido, devem estar em primeiro lugar, acima dos objetivos profissionais.
E podem também ser as chamadas “filhinhas de papai”, desde que não muito independentes.
Ou seja: a avó ou a mãe, com algumas adaptações ao nosso mundo de hoje em dia.

As outras são aquelas que ele rotula como mulheres que ‘servem’ para proporcionar prazer e companhia agradável. Só.

As mulheres-pra-casar, são aquelas que a família e amigos aprova, que cuida do orçamento domestico, que cuida dos filhos, que fica em casa, que é a parceira de lutas diárias... A idéia é ter uma “mãe” como esposa. Uma imagem pura, pois não se imagina sua mãe fazendo sexo.
Enquanto as mulheres-pra-casar cuidam dos afazeres, o cara procura as mulheres que não-são-pra-casar.

Estas são aquelas que... que...
(podem fazer as mesmas coisas da mulher-pra-casar, e ainda ter uma mente aberta em relação a sexo)

Os que têm essa visão não são capazes de entender que o amor verdadeiro é construído com todos os ingredientes.

Por isso não amarão plenamente. Pois, mesmo que inconscientemente, acreditam que existem dois amores: o familiar e o carnal. Acreditam que os rituais sexuais são sem-vergonhice e não enxergarão na esposa a mulher que faz sexo. E ao contrário também.
Assim farão duas mulheres (ou mais... rs) infelizes: casarão com suas noivinhas, mas amarão o “tipo” de família que aquela união representa. Será capaz de ser um bom marido, presentear, ser carinhoso, cuidar da casa, mas também poderá ser frio, pois esta não o satisfaz plenamente.
Então ele procurará a mulher que não-é-pra-casar.
Aquela que ele pode ser “ele mesmo”, e ainda ser o tal sem-vergonha citado mais acima.
Esta é a mulher que satisfaz algo essencial para ele, que estará em suas fantasias, na cama com ele, mesmo que o ato seja com a esposa.
Fantasias que o cara precisa esconder para manter o status ideal para a sociedade.

Bom...
Mas o que é um casamento senão a união destas duas mulheres que venho dizendo?
Os filhos são fruto de um beijo na testa? Aff

Claro que não falo aqui de comportamentos promíscuos, e nem estou aqui para julgar...
Mas é uma visão muito machista, principalmente hoje em dia, acreditar que fazer e gostar de sexo (e mais...) é algo sujo e não digno. Que é algo masculino e ponto.

Mas...
O que na verdade eu sei é que todas as pessoas merecem ter alguém para chamar de “meu” e “só meu”.
E acho que um dos caminhos para isso, é ser e aceitar que a mulher É ou NÃO É as duas descritas acima.

3 comentários:

  1. Como se as esposas não pudessem ser boas tbém na cama.
    e as "outra" não pudessem ser boas mães.

    Acho machista tbém essa visão, anda junto com a capacidade masculina de fazer uma coisa de casa vez. Por isso tbém limitam as mulheres a representar um único papel

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  2. Como se as esposas não pudessem ser boas tbém na cama.
    e as "outra" não pudessem ser boas mães.

    Acho machista tbém essa visão, anda junto com a capacidade masculina de fazer uma coisa de casa vez. Por isso tbém limitam as mulheres a representar um único papel

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  3. Como se as esposas não pudessem ser boas tbém na cama.
    e as "outra" não pudessem ser boas mães.

    Acho machista tbém essa visão, anda junto com a capacidade masculina de fazer uma coisa de casa vez. Por isso tbém limitam as mulheres a representar um único papel

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