terça-feira, 22 de junho de 2010

Abstinência...


Acho que foi uma crise de abstinência...

A noite foi agitada... tive pesadelos, me debati... acordei com um grito de dor, mas daqueles sem som, sabe?
Suava frio... a cama estava molhada e gelada...
Levantei sufocada pela falta de você, que estava me consumindo. Como se estivesse me faltando o ar.
Era 3 da manhã... eu havia sonhado com nossos melhores momentos, com seu cheiro, que permaneceu na atmosfera do meu quarto, senti sua barba no meu rosto, suas mãos e braços me abraçando, seus pés nos meus pés...
Então abri a janela e fumei um cigarro, assim também o seu cheiro iria embora...
e catei o saco de motivos que me deu, e fiz questão de recordar o porquê de estarmos assim, separados.
Foi um ‘auto-chacoalhão’.
Voltei a dormir.

...

Se você tivesse ido embora, como mandei, nada disso estaria acontecendo.
Como o efeito de uma droga alucinógena você me procura, me acha, me tenta, me relembra dos seus efeitos e me diz pra ficar só mais esta vez.
E é sempre a última vez.

Depois de quase 3 anos, agora já estou há uma semana limpa... sem me “drogar”.
Estou fazendo terapia e criando coragem para encarar alguns ‘remédios’ e ‘antidepressivos’ que aparecem por ai. Sempre aparece.
Mas tenho medo que eles me viciem e passem a ser uma droga, assim como aconteceu com você, que a princípio era apenas um ‘anti-stress’.

E não é porque não quero, é porque não estou mais a fim da ressaca moral que me causa.

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