quarta-feira, 30 de junho de 2010

Pensando...


Nem ouvir aquela musica fez efeito.
Fiquei tão anestesiada, que preferi desligar o som do carro...
Não ouvia nada mesmo, alem dos meus pensamentos que só me confundem.

Que caminho devo seguir???

Estou seguindo numa estrada onde mais a frente é um precipício...
Ou eu pulo agora, ou eu pulo mais a frente, quando o precipício for inevitável...
Só não é mais possível ficar parada!

A questão é: porque ter medo de cair, se já estou mesmo cambaleando?
A queda vai ser inevitável...
A diferença é: pulo ou me deixo cair???

Escolhas...
nunca lidei bem com isso!

Você vem, me confunde, me ama, me devora... e eu fico assim confusa. Deixo ou não deixo você entrar na minha vida? Deixo ou nao deixo voce continuar na minha vida?

Acredito ou não em você?

De qualquer maneira vou seguir a estrada... e se vc vier me buscar enquanto eu ainda não tiver escolhido...

Seremos felizes, como sempre.

sábado, 26 de junho de 2010

A felicidade às vezes é cara



"... e aquilo que era encanto é substituído pelo tédio, pela mesmice e pela necessidade (necessidade?) de manter as coisas na posição em que sempre estiveram.

Eu acho isso meio triste. Porque a gente se acostuma. E é preciso maturidade (e coragem) para saber e admitir que às vezes vc só queria menos... Menos qualquer coisa. Pra viver melhor, mais feliz.

Talvez as borrachas sejam necessárias quando a gente muda de narrativas na vida.

Às vezes a gente critica e julga muito esposas e/ou maridos que terminam seus relacionamentos quando melhoram em algum "evento" específico. Coloca na boca palavras de julgamento que apontam a desonestidade daquele que "terminou agora que está bem e terminou a faculdade e/ou conseguiu o emprego dos sonhos e/ou qualquer coisa, mas se não fosse o/a fulano/a nunca teria chegado aonde chegou"...

Eu não acredito em contratos vitalícios. Eu não acredito em relações por obrigação, gratidão e/ou conveniência. Eu não respeito e nunca respeitei pessoas em relações de conveniência. E julgo. Mas é preciso coragem para iniciar um processo de autopercepção que entenda que a conveniência é muito mais ampla do que se imagina e pode estar mesmo assentada sobre o conforto de saber que as "coisas" estão sempre à mão com risco de decepção zero."

Trecho retirado do blog Serendipities
http://acasosafortunados.blogspot.com/2010/06/e-foi-entao-que-eu-me-lembrei-desse.html

Se você escolher...

Hoje eu agradeci por você não ter ligado. Nossa! por mais que eu tenha esperado essa ligação o fim de semana inteiro.

Não é justo você jogar tão baixo somente para continuar a me ter do seu lado...
Conveniente, não???

Se vc me ama, escolha. E me convença!

É que você vem, me tira o chão... joga na minha cara tudo que durante estes 3 anos eu sempre quis ouvir, e como eu continuaria se você tivesse insistido nessa história de me dar o mundo e toda felicidade que sempre sonhei?

Justo agora que eu descobri que a felicidade não está em nada, nem em ninguém... percebi que está em cada um de nós.

É preciso ter coragem para certas coisas.
Mas não posso esperar isto de você... que tem um coração enorme e uma "dívida" imaginária, que faz com que você viva a base de demonstrar gratidão... mesmo que desperdiçando vida e jogando fora aquilo que você deseja.

Sinto muito, não posso continuar vivendo pra você enquanto você vive pra outra pessoa.
Não quero viver esperando suas decisões, seus traumas e suas gratidões mal resolvidas.

Amo você. Mais que tudo. Mais que a mim mesma.

Mas não posso continuar...
Apesar de saber que se você não demorar muito, eu vou te esperar pela vida inteira.

Quanto ao nosso filho, não se preocupe. A hora certa vai chegar: a hora que você escolher.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Parabéns! Meu casamento acabou


Cara Marcella,

Daria tudo para ver a sua cara ao encontrar este e-mail entre os vários que meu marido escreve para você. Não me interprete mal; não estou escrevendo para provocar - nem criar caso. Quero apenas ser a primeira a dar uma notícia do seu interesse, e como sei que vive conectada à internet... A menos que o André já esteja aí e tenha estragado a minha surpresa. Ele me disse que ia para um flat, mas você sabe tanto quanto eu (talvez até melhor) que não seria a primeira mentira que ele me conta. Garanto, porém, que será a última. A notícia é justamente esta: acabo de colocar meu marido porta afora, com malas e tudo. Sem volta. De modo que vocês não precisam mais fazer malabarismos para evitar que eu descubra o que já sei há quase um ano. De modo também que, se eu fosse você (e, acredite, houve época em que ser você era o que eu mais queria), começaria a me preocupar se ele demorar a aparecer.

Mas vai aparecer, sim. Porque agora você é tudo o que ele tem. Pela primeira vez, vai bater na sua porta não por excesso de tesão; será por falta de opção. E eu queria que você soubesse disso. Passei o diabo por sua causa e não vou permitir que sinta o gostinho de imaginar que venceu. No final das contas, sempre foi isso, não é? Uma competição entre nós duas. O mais irônico é que o "prêmio" nem é lá essas coisas. Acredita que o desgraçado ensaiou pedir perdão, jurando que o caso de vocês não era nada sério? E olha que não cobrei explicações. Nem ameacei impedi-lo de ver a filha. Só mandei que saísse da minha vida.

Precisava ver o estado em que o André ficou quando chegou em casa hoje e encontrou as malas na porta. Nunca havia passado pela cabeça dele a possibilidade de que eu desconfiasse de algo. Menos ainda de ser dispensado. E daquela forma. Ficou tão desnorteado que me acusou de traição por tramar tudo pelas costas dele. O cínico transava com você e a traidora era eu! Pela primeira vez depois desse tempo todo, tive vontade de rir. Lá estava o infiel, chapado com a descoberta de que tinha sido enganado. Prova de que sou muito mais competente na arte de dissimular. Só eu sei o esforço que isso me custou. Mas, lamentações à parte, foi um alívio colocar um ponto final na situação.

Nunca mais vou olhar para o meu marido imaginando se hoje é o dia em que vai abrir o jogo e acabar com o nosso casamento. Nunca mais vou ter a sensação de ser inadequada, errada, pouca coisa. Nunca mais vou sentir seu detestável cheiro almiscarado entranhado na pele e nas camisas dele. É, foi o perfume que me alertou. Sempre o mesmo, sempre nos dias em que chegava em casa mais tarde, sempre nos mesmos dias da semana. Depois, a desconfiança me fez vasculhar o computador dele e encontrei suas mensagens. Era o único programa protegido. Não tive dificuldade para descobrir a senha, mas fiquei chocada: o filho-da-mãe usou a data do nascimento da nossa filha!

Tenho de admitir: ele foi bom de serviço. Fora o maldito perfume, não deu nenhuma bandeira. Mas, depois que tive acesso à correspondência de vocês, acompanhei cada encontro, como se estivéssemos os três na mesma cama. Sabe "o lugar de sempre" de que você falava nas mensagens? Eu estive lá. Segui o André. Foi a primeira vez que vi a tal de "sua Marcella" que assombrava meus dias e principalmente minhas noites. Estacionei do outro lado da rua e esperei vocês saírem: duas horas e 35 minutos contados no relógio. Depois que foram embora, entrei. Quando viu que eu estava sozinha, a caixa do motel me olhou como se eu fosse alguma depravada. E naquele momento era mesmo. Havia algo de doentio na minha necessidade de ver o cenário da traição. Sabia que seria coincidência demais ela me dar a chave do mesmo quarto, mas nem precisou. Pela suíte que vi, constatei que o motel era bem mais refinado do que aquele que freqüentávamos no auge do namoro.

Humilhante, não é? Fiz mais. Lembra-se de uma Cecília Matos que ligou para a seguradora em que você trabalha marcando uma entrevista e nunca apareceu? Foi só para ouvir a voz da vagabunda que estava tentando roubar o meu marido. Só que você não tinha voz de vagabunda. E me pareceu muito competente. Entrei em parafuso. O André não estava de caso com uma qualquer. A partir daquele dia, segui você - e não só quando estava acompanhada dele. Sei quem são e onde moram seus amigos, a tia querida, até o seu analista. Não me orgulho disso, mas também não me envergonho. Hoje, que tirei o dia de folga só para arrumar as malas do homem com quem vivi sete anos, tinha certeza de estar fazendo a coisa certa. E, de uma forma oblíqua, me vingando.

Não sei nem quero saber o que o André vai contar no seu ouvido. Seja lá o que for, aposto que acreditará na minha versão da história. Afinal, eu sou, sem a menor sombra de dúvida, bem mais confiável do que ele. Sinto falar assim do homem que você ama, mas nós duas sabemos (embora você talvez ainda não queira admitir) que se trata de um canalha. Nada mais explica ter mantido uma vida dupla por tanto tempo. Tentei achar outros motivos - afinal, ele também era o homem que eu amava. Acreditei que a culpa era minha. Fiz a mim mesma um milhão de vezes a clássica pergunta: o que a amante dele tem que eu não tenho? Fora cinco anos a menos e um corpo um pouco mais firme à custa de musculação, não encontrei nenhuma vantagem evidente. Somos até parecidas. Não apenas fisicamente. Como você, sou uma profissional bem-sucedida. Tenho muito a oferecer a um homem. Inclusive na cama. Embora essa tenha sido a dúvida que mais me atormentou no começo.

O que será que você fazia de tão especial? Quase surtei pensando nisso. Não parava de me lembrar de uma colega da faculdade. Comentava-se que ela tinha orgasmos múltiplos em todas as transas! Ficava imaginando uma cena assim com você e o André, e quem perdia o fôlego era eu. Sentia como se eu fosse morrer. De inveja, de frustração, de humilhação. Felizmente, essa fase de ciúme delirante durou pouco. Foi substituída por um ódio cego, desejo de vingança e, finalmente, lucidez. Se ganhei alguma coisa além de cabelos brancos e um princípio de úlcera nervosa por causa do longo caso de vocês, foi isto: tempo para ir ao fundo do poço e voltar. Compreendi que não se tratava do que você tinha e eu não, mas do que eu tinha e você não. E eu tinha um marido, uma casa e uma criança de 3 anos; uma imagem de porto seguro. Atraente, porém menos excitante.

Acabei chegando à conclusão de que o André nos enganava. Nunca pretendeu escolher. E por quê? Tinha o melhor das duas. Por ele, arrastaria a situação indefinidamente. Pior: se fosse pressionado, ficaria comigo. E gosto demais de mim mesma para aceitar uma coisa dessas. Foi por isso que o coloquei porta afora. Por ironia, ele agora é o único que não tem escolha. Quando bater aí, você pode ou não abrir a porta que eu fechei. Não sei qual das opções me daria mais prazer. Enfim, o problema é seu...

Adeus para você também,

Patricia

FONTE: NOVA - http://nova.abril.com.br/edicoes/384/aberto/amor_sexo/conteudo_89141.shtml?pagina1

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Voltando pra casa...

Porque você faz isso comigo?
Não me deixa entrar, nem me deixa ir embora.
Não aceita terminar algo que nunca começou.
Nao aceita abrir mão de algo que nunca teve.
Não se conforma em perder aquilo que nunca encontrou.
E diz que ama, muito, muitão.
O que?
O quanto eu fiquei a sua espera?
Ama o quanto eu vivi de ilusões e de promessas não cumpridas?

Sinto muito,
Eu não tenho mais forças pra continuar...

Então se você tem o tanto que diz querer, que tenha também força e coragem para decidir o caminho que devemos seguir, porque, eu sinceramente, estou disposta a entrar no próximo ônibus que passar, se até lá você não vier me buscar e me mostrar os bilhetes da viagem para a felicidade.
Não... eu não estou te esperando.
Não vou esperar mais nada.
Pode pedir... mas dessa vez não.

Eu realmente to indo embora... sem saber se quando você resolver me encontrar, eu ainda estarei lá.

Mulher pra casar...


Certo dia conversando com um amigo, ele me disse que certas mulheres não são pra casar.

A mulher pra casar deve ser “certinha”. Virgem, seria o ideal, mas hoje em dia deve-se contentar com aquelas que foram mais resistentes a permitir a intimidade.
E as mulheres com vocação para dona de casa... mas como hoje em dia a mulher também participa do orçamento doméstico, pode até trabalhar... mas a família, a casa e o marido, devem estar em primeiro lugar, acima dos objetivos profissionais.
E podem também ser as chamadas “filhinhas de papai”, desde que não muito independentes.
Ou seja: a avó ou a mãe, com algumas adaptações ao nosso mundo de hoje em dia.

As outras são aquelas que ele rotula como mulheres que ‘servem’ para proporcionar prazer e companhia agradável. Só.

As mulheres-pra-casar, são aquelas que a família e amigos aprova, que cuida do orçamento domestico, que cuida dos filhos, que fica em casa, que é a parceira de lutas diárias... A idéia é ter uma “mãe” como esposa. Uma imagem pura, pois não se imagina sua mãe fazendo sexo.
Enquanto as mulheres-pra-casar cuidam dos afazeres, o cara procura as mulheres que não-são-pra-casar.

Estas são aquelas que... que...
(podem fazer as mesmas coisas da mulher-pra-casar, e ainda ter uma mente aberta em relação a sexo)

Os que têm essa visão não são capazes de entender que o amor verdadeiro é construído com todos os ingredientes.

Por isso não amarão plenamente. Pois, mesmo que inconscientemente, acreditam que existem dois amores: o familiar e o carnal. Acreditam que os rituais sexuais são sem-vergonhice e não enxergarão na esposa a mulher que faz sexo. E ao contrário também.
Assim farão duas mulheres (ou mais... rs) infelizes: casarão com suas noivinhas, mas amarão o “tipo” de família que aquela união representa. Será capaz de ser um bom marido, presentear, ser carinhoso, cuidar da casa, mas também poderá ser frio, pois esta não o satisfaz plenamente.
Então ele procurará a mulher que não-é-pra-casar.
Aquela que ele pode ser “ele mesmo”, e ainda ser o tal sem-vergonha citado mais acima.
Esta é a mulher que satisfaz algo essencial para ele, que estará em suas fantasias, na cama com ele, mesmo que o ato seja com a esposa.
Fantasias que o cara precisa esconder para manter o status ideal para a sociedade.

Bom...
Mas o que é um casamento senão a união destas duas mulheres que venho dizendo?
Os filhos são fruto de um beijo na testa? Aff

Claro que não falo aqui de comportamentos promíscuos, e nem estou aqui para julgar...
Mas é uma visão muito machista, principalmente hoje em dia, acreditar que fazer e gostar de sexo (e mais...) é algo sujo e não digno. Que é algo masculino e ponto.

Mas...
O que na verdade eu sei é que todas as pessoas merecem ter alguém para chamar de “meu” e “só meu”.
E acho que um dos caminhos para isso, é ser e aceitar que a mulher É ou NÃO É as duas descritas acima.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Abstinência...


Acho que foi uma crise de abstinência...

A noite foi agitada... tive pesadelos, me debati... acordei com um grito de dor, mas daqueles sem som, sabe?
Suava frio... a cama estava molhada e gelada...
Levantei sufocada pela falta de você, que estava me consumindo. Como se estivesse me faltando o ar.
Era 3 da manhã... eu havia sonhado com nossos melhores momentos, com seu cheiro, que permaneceu na atmosfera do meu quarto, senti sua barba no meu rosto, suas mãos e braços me abraçando, seus pés nos meus pés...
Então abri a janela e fumei um cigarro, assim também o seu cheiro iria embora...
e catei o saco de motivos que me deu, e fiz questão de recordar o porquê de estarmos assim, separados.
Foi um ‘auto-chacoalhão’.
Voltei a dormir.

...

Se você tivesse ido embora, como mandei, nada disso estaria acontecendo.
Como o efeito de uma droga alucinógena você me procura, me acha, me tenta, me relembra dos seus efeitos e me diz pra ficar só mais esta vez.
E é sempre a última vez.

Depois de quase 3 anos, agora já estou há uma semana limpa... sem me “drogar”.
Estou fazendo terapia e criando coragem para encarar alguns ‘remédios’ e ‘antidepressivos’ que aparecem por ai. Sempre aparece.
Mas tenho medo que eles me viciem e passem a ser uma droga, assim como aconteceu com você, que a princípio era apenas um ‘anti-stress’.

E não é porque não quero, é porque não estou mais a fim da ressaca moral que me causa.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Algumas coisas sobre MENTIRAS

"Ato de mentir; afirmação contrária à verdade, engano propositado. Hábito de mentir. Engano da alma, engano dos sentidos, falsa persuasão, juízo falso. Erro, ilusão, vaidade. Fábula, ficção..."
(definição do dicionário Michaelis...)

Não existe algo que fique sem ser descoberto, sem que alguém saiba... Por isso o ditado que “mentira tem pernas curtas”. Ela não vai longe, logo erra o caminho e acaba esbarrando com a verdade.

Isso porque sustentar uma mentira é muito mais trabalhoso do que dizer a verdade. Tem que ter dom para atuar, e como a vida não é um espetáculo teatral, não há remuneração nem aplausos.

Outro dia assisti a um filme, onde a esposa aceitou o fato do marido tê-la traído (pois ele confessou), mas não aceitou o fato de ele fumar escondido. E pediu o divórcio... Mas de fato, o cara nem fumava...

A verdade, mesmo que dolorosa, é a melhor saída. Mesmo que não acreditem.

...

Chega a ser engraçado como algumas pessoas lidam com isso. Algumas mentem e acreditam nas suas invenções como se fosse a mais pura realidade. Sustentam e formam um cenário ilusório “perfeito” para suas atuações. Na maioria das vezes, envolve outras pessoas, direta ou indiretamente. E todos (de uma maneira geral) saem feridos.

Não importa o que a motivou. Não importa se foi uma pequena mentira, uma mentira grandiosa, dolorosa, piedosa ou inconseqüente. É mentira. Não é relativo.

E as conseqüências?

Um cara que mentiu no currículo, logo é desmascarado quando não demonstra as aptidões que declarou ter. Perde o emprego.

Um noivo que diz nunca ter traído, perde a confiança quando alguém vê e fotografa, ou a “outra” aparece grávida. (e tem mais que poderia colocar aqui...)

Uma mãe tem um filho, diz que o cara é o pai... e um exame prova o contrário. O pai perde o filho, o filho perde o pai... e a mãe? não perde a vergonha porque essa já não existia. Mas perde a moral.

O cara diz que não jogou sua filha do 6° andar do prédio, e todas as evidências provam o contrário. Perde a liberdade.

Poderia descrever milhares de situações...

O fato é: as pessoas das situações acima sofreram. Perderam a confiança muitas vezes de alguém que as amava. E isso em certos relacionamentos é a base que sustenta os outros sentimentos.

O tempo que se passou, as atitudes que se teve, os sentimentos compartilhados...
não há tapa na cara que consiga remediar qualquer que seja o período fomos e nos sentimos enganados.

Carta ao meu amor...

Será que ela sabe que quando você goza é comigo que você está?

Que os beijos foram pra mim e cada gota de suor?

Será que sabe que nos seus silêncios é comigo que você conversa e na hora dos seus mistérios, estamos de mãos dadas lembrando do passado e sonhando pro futuro?

Que sou eu a Dulcinéia que te acompanha nas lutas quixotexcas contra os moinhos de vento de suas fantasias, ela sabe?

E sabe que você é um caipira turrão que mente a idade e é pão duro de doer? Não bobo, isso ela não sabe porque você não entrega o ouro tão cedo, aliás, melhor contar que você não entrega nunca.

E você sabe que eu nem consigo deitar com outro, porque meu corpo grita NÃO, e me chama de prostituta?

Tem um buraco que fica entre os dois peitos, parece uma moleira, mas chamam de plexo solar. Pois por ali me entra cada coisa. Outro dia entrou o mar inteiro, subiu até a garganta, apertou tudo, e está lá - não quer sair.

Vou te mandar um pouco. Cabe aí, ou você continua empanturrado pela terra toda que engoliu pra não morrer de fome da falta de mim?

Até quando será, vida minha, que o destino espera a gente se cansar de andar em círculos? Será que ele vai ter uma paciência infinita com essa mania da gente se amar de longe? Ou um dia ele nos puxa pelas orelhas, bota os dois juntos e diz "Acabou o Tom e Jerry, estão perdendo muito mais do que jamais vão encontrar. Um olhando pro outro, já! Viram?" E tocados pela varinha do cosmos nós saberemos que era ali que sempre quisemos estar. Você fará um abrigo pro nosso amor, tô até vendo, ficou bonito, você sempre teve bom gosto.

Eu te puxo pra rede, faço um cafuné sem fim e conto estórias pra gente dormir. Ai que bom... Já pensou o cansaço que vai bater quando finalmente a gente parar com isso?

Ah, você contou pra ela que pensa em mim todos os dias, e que há dias em que pensa sem parar? Perturba não é? A gente não consegue fazer as coisas, tocar o barco. Nem fingir direito que gosta de outro dá. Eu também acordo todos os dias tomada por você. E ando acordando de madrugada. Você parece que pula em cima de mim, eu dou aquele salto e pronto, é risada, conversa fiada, lágrimas, de um tudo, mas nada de dormir de novo. Você não deixa. Depois passo o dia bocejando e não tem como explicar, vou dizer o quê? Passei a noite com meu amor que não estava comigo porque... Porque?

Outro dia eu acordei querendo morrer de saudade. Tinha palpitações, era grave, liguei pro médico. "Doutor, estou sofrendo de amor, não paro de chorar, meu coração vai sair pela moleira do peito, e hoje não é um bom dia pr'eu morrer. Tenho oito cenas pra gravar doutor, um artigo pra escrever, minha filha chega de viagem e eu vou buscar no aeroporto, socorro, preciso de uma pílula poderosa! Ele me conhece bem, fez a receita na hora. Vou te passar porque num momento de apuro, evita uma ida ao médico. Anota aí: Inderal para as palpitações, Buspar pra dor de amor, e Sonata pra... Puxa, como gostei desse nome, lembra mamãe tocando Chopin ao piano - tão romântico. Onde eu estava? Ah sim, Sonata pra insônia, porque desculpe mas eu tive que contar pra ele que você não me deixa dormir. Ele falou pr'eu te mandar embora. Mas eu já fiz isso, nós sabemos quantas vezes não é? E você não vai. Quando vai, não sai de dentro de mim do mesmo jeito, entranhou, é praga da vida. Ai que praga boa... Boa nada, imagine eu, naturalista, tendo que me entupir de comprimidos, francamente!

Sabe o que o Tururu pequeno falou? Minha filha te adora, sempre gostou desde neném, você sabe. Mas outro dia me vendo tão triste ela perguntou, "Mamãe porque você fica com quem te faz sofrer assim?" E eu, "Porque acho que no amor a gente tem que fazer tudo, tudo que puder pra dar certo"

Passaram-se meses.

"Você fez tudo o que podia?"
"Acho que agora sim"

"Então presta atenção, da próxima vez que ele cruzar a sua mente, você pensa, "que bom que eu me livrei desse cara!'"

 Não sei onde ela arrumou essa vivência - aos doze anos puxa! Mas é que ela não agüenta me ver sofrer por tanta contradição. Podia ser simples. Romeu e Julieta andaram pras barreiras familiares, o príncipe largou seu reino pela Wally e até o João aqui da minha esquina dorme na calçada agarrado com sua Maria.

Minha filha tem razão, podia ser bem mais simples. Mas aí..., pra quem eu ia escrever esta carta?

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O último capítulo...

Eu tentei tantas coisas, fiz planos, construí sonhos e trilhei por muitos caminhos.
Não pedi pra Deus, com medo que ele me ouvisse.
Eu só esqueci de tentar...
Ah! isso era tão fora de cogitação, simplesmente porque não inspirava, não criava expectativas, nem borboletas no estômago.
A possibilidade de sofrimento era muito maior.
E eu tinha tanto medo de recomeçar. Sempre tive...

Rasguei as fotos, mas as mantive no meu pen drive.
Usei todo o perfume, mas guardei o frasco, porque ele beijou antes de me dar.
Apaguei os vídeos... mas antes postei no Youtube
Rasguei as cartas e bilhetes, mas antes scaneei todas e mantive numa pasta oculta do meu micro.
Joguei fora os presentes, mas guardei todos os embrulhos e os cartões.

De certa maneira eu nunca quis deixá-lo partir. Só que eu ainda não tinha percebido que ele talvez nunca estivesse aqui.
É que nunca houve despedida.
Nunca acertamos nossas contas, nunca devolvemos nossos pertences (esquecidos propositalmente, para sempre haver um reencontro), nunca demos adeus ou sequer aquele abraço com o olhar de “nunca mais”.
A gente sabe, tem certeza que haverá mais.
Porque é uma questão de pele.

E mesmo que houvesse, mesmo se a gente quisesse... o que nessa vida é definitivo, se não a morte?

Nunca haverá certeza do fim.
Nunca haverá certeza.
Nunca haverá,
nunca...

Não vou dizer que é chegada a hora, afinal dentro de mim tenho sentimentos, que dada a proporção, é um tanto difícil trancá-los num lugar inacessível no meu coração.

Decidi reescrever o último capítulo dessa história... comecei com algumas atitudes:
Tirei as fotos da minha mesa no trabalho, apaguei as mensagens e as últimas ligações.
Dei aquele filme de presente e aquela linda blusinha. Há de servir para alguem.
Nunca mais acessei aquele blog, nem li poemas e cartas de amor.
Deletei todas as fotos e vídeos.
E tirei do carro alguns CDs.


Vai lá querida! continue a sua “vidinha”... Aliás... pensando bem... continue a sua VIDA.
Não vou mais julgar... não me importo mais.
Não me assusta mais a sua conveniência, sua conivência, seu cinismo, sua frieza e falta de amor próprio.
O que você passou, e ainda vai passar... nem quero saber! Não vou torcer por nada.
Acabou! É insignificante pra mim.
Agora você pode rir da minha cara, dizer que venceu e que não me deu o gostinho.
Isso para mim será libertador e a última página dessa história de adultério, orgulho ferido, falta de amor próprio, e... nem sei mais o quê.
Há uma imensa possibilidade de você passar por isso de novo, se frustrar e lembrar de mim!
E quanto a mim, essa possibilidade só vai existir se me fazer abrir o saco de lixo (com o cheiro, o gosto, delícias, lembranças e restos) que acabei de me livrar.

É... finalmente pude fazer a escolha que não foi possível lá no início.

E não é porque desisti. É que de tanto correr atrás da felicidade, não percebi que ela existe em tantos e pequenos momentos... estes que deixei de enxergar por só ter olhos para ele...

quarta-feira, 16 de junho de 2010

O tal dia dos namorados...


Sim, como a maioria das mulheres solteiras, esse tal dia dos namorados me causou impaciência e certa inveja das amigas que tiveram um cobertor de orelha nesse friozinho. E a troca de presentes? Ah!

Sei que é apenas um dia “comercial”, e que toda a demonstração de amor, carinho, etc e tal tem que ser todos os dias...
Mas também sei que já que NINGUÉM “atua” desta maneira, foi reservado um dia especial para o tal espetáculo e seus atores.

Pois bem...
Lendo um Blog muito bom! (confira!!!), confirmei o que há tanto tempo suspeitava: boa parte desses namoros “perfeitinhos” que se vê por aí é uma grande fachada.

Sim... é uma questão de opinião.
Putz, quanta decepção...
Por um lado, é claro.
Afinal, estou solteira.
Rs

Aproveitem este blog que eu recomendo, e leiam o "tal texto" que me causou decepção.

Trecho...

“Bom, não encarem esse post como um consolo para as leitoras encalhadas (brincadeira). Só quero deixar claro que muitos dos casaizinhos bonitinhos que a gente vê na tv no dia dos namorados ou andando pela rua de mãos dada em um dia qualquer, nada tem de bonitinho. A essência muitas vezes é bem podre...”

* Foto extraida do proprio blog citado acima.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Prisioneiro de uma FALSA liberdade...


Eu quis tanto te fazer bem.
Quis te salvar daquilo que fizeram você acreditar que era o melhor e mais saudável. Que aquele era o único caminho que ia te fazer feliz.

Mas esqueci você passou tanto tempo escutando aquela mentira, que não havia possibilidades. Pra você, não havia outra verdade.
E mesmo que existisse... você não queria acreditar que poderiam ter mentido pra você. Logo, duvidou de mim.

Então eu vivi todos esses ANOS tentando estar perto de você para que você percebesse quanta coisa tem o mundão aí fora. Quanta beleza... mesmo quando erramos, caímos e nos machucamos. E que a beleza do aprendizado é a mais encantadora, mesmo que às vezes dolorida.

Você parecia aquele garoto criado em apartamento pela avó, que não sai nunca para brincar com os amigos. Que conhece o sol apenas através da cortina.

Quando te peguei pelas mãos e te levei para ver o mundo lindo que existia depois da sua janela, você abriu um lindo sorriso, brincou, se sujou, fez amigos, e foi feliz. Assim como uma criança. Se lambuzou, errou, caiu, se machucou... e viveu! Ah a felicidade era tão nítida naquele brilho dos seus olhos.

Você fugiu comigo alguns fins de semana, algumas noites, algumas manhãs, algumas tardes...

Mas você teve medo. Medo de gostar tanto dessa vida boa que “gente normal” leva, e magoar a sua vovó.
E correu de volta para debaixo de sua saia. E a Vovó, de tão velha, achou um absurdo você sair se divertir sem que ela estivesse com você. Como se você não pudesse ser feliz sem ela. Achou um absurdo você mentir para não magoá-la. E te fez acreditar que esse era o seu pior pecado.

Ela não entendeu que aquilo não tinha nada a ver com ela. Que o fato não era para magoá-la. Era pra você ser feliz.

Você não podia viver somente para atender às suas expectativas.
O fato de ela ter cuidado de você desde a infância, não fazia de você um prisioneiro de suas vontades e costumes.
E ainda assim ela acreditava que te dava liberdade... desde que junto dela.

Hum... lembro bem quando você confessou que não ia embora porque não queria vê-la sofrer. Ela que havia feito tanto por você...
Ainda mais que tudo o que você tinha estava relacionado a ela... que ela havia te ajudado desde que você deixou a casa da sua mãe...
Todos os seus amigos, eram amigos dela. Toda sua família, era a família dela.
E que você a amava por isso.
Mas que você queria muito experimentar ser livre.

E que essa liberdade você tinha quando fugia comigo pela janela...
E ela colocou a culpa em mim por ter ficado brava com seus sumiços... E fingiu não perceber que você voltava pra casa muito mais contente...

...

Quando nos despedimos, e eu vi você voltar para sua prisão, eu temi que você jamais crescesse e não tivesse coragem de assumir as rédeas da sua vida.
Chorei de saudade. Saudade de tudo que ainda não tínhamos vivido...
Mesmo com a sua promessa de que assim que sua avó falecesse, e você sentisse que tinha cumprido sua missão, nós conheceríamos juntos todas as possibilidades de ser feliz que a vida nos dá. Mesmo com o seu pedido fervoroso para que eu o esperasse.

E pra quem você mentiu? Pra mim ou pra vovó?
Só saberemos se quando ela falecer, eu ainda estiver te esperando.

Parei e pensei: muita pretensão sua achar que eu ainda estaria aqui...

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Traição, amor e envolvimento...


Tema complicado que gera inúmeras dúvidas nas cabeças das pessoas, inspira poemas, músicas sertanejas, pagodes estilo “dor de cotovelo”, e crimes passionais.

E mesmo a infidelidade sendo causadora de desagradáveis sentimentos e emoções, muita gente por aí consegue “fazer do limão uma limonada, e ainda engoli-la com muito gelo e açúcar, e ao lado do próprio responsável por ela!”...

Conservadores, “mentes abertas”, “coloridos”, etc... tem opiniões diferentes! mas todas caem no mesmo questionamento: “porque continuar num relacionamento, se tem a necessidade de trair?” ou “porque continuar um relacionamento, se você foi traído?”

Para lidar com alguém que trai, é importante saber exatamente qual o grau de confiabilidade que você exige para o seu relacionamento e para sua cabecinha que vai literalmente pirar com os questionamentos que virão.
... ou não, na verdade.
Conheço pessoas que são i.n.s.i.s.t.e.n.t.e.m.e.n.t.e traídas, e continuam vivendo aquele comodismo sem explicação.

...

Os “traidores” não têm um perfil pré-estabelecido.
Existem casos e casos.
Algumas pessoas traem, se arrependem, a consciência pesa e a pessoa muda o comportamento.
Algumas traem até... até... até serem descobertos. Mas depois traem de novo. É a questão de ser fiel primeiramente ao seu sentimento: sentiu vontade, traiu!
Outros já têm isso como estilo de vida.
Outros não queriam, mas se envolveram.
Esta não é traição! É “ A ” traição!
Aquela que o cara se envolve de verdade, passa anos com a outra, apresenta para a família, amigos, freqüenta lugares públicos, troca presentes, dorme na casa do outro, tira inúmeras fotos, troca confidências e juras de amor. Estranho esse último né?)

E é aí o “XIS” da questão...

Não estou falando de amor... falo de envolvimento.
Pois, acredito eu, que são as fases do envolvimento que nos demonstram, como um termômetro, quando tudo aquilo já pode ser chamado de amor.

A gente tem a escolha de dar o primeiro passo: posso, ou não, me envolver com alguém comprometido. Mas depois deste primeiro passo, o resto é conseqüência.

Inclusive a opção de viver num relacionamento que teve seu “cristal quebrado” e os cacos foram colados. A beleza nunca mais será a mesma!
E imagine se o cristal teimar em dar apenas mais uma esbarradinha, e simplesmente ‘trincar’ novamente?
Vai espatifar de novo... alguns cacos serão perdidos... e se você resolver colar de novo... aí é você quem está optando por ter um objeto destes enfeitando sua cabeça... digo, sua casa.

E cadê o amor próprio?

É difícil pensar que o cara que você ama acariciou, beijou, fez amor, compartilhou cheiros, gostos e saliva com outra pessoa. Ocupou seu espaço na cama, esteve no seu banco do passageiro, esteve no seu lugar da mesa, esteve no seu pensamento.
Essa pra mim é a pior.
Estar no pensamento do outro. Onde não se pode controlar e nem prever.

Mas existem por aí tantas aceitando isso, fingindo esquecer, colocando uma tal pedra em cima. Mas sempre aquilo vem à tona. É lembrado nas discussões. E fora que vira e mexe tira seu sono quando o celular dele ‘acaba a bateria’ ou quando ‘esqueceu no vibra call’ e não pôde atender, ou ele dorme no ônibus e ‘passa do ponto’, atrasando o horário do encontro combinado. Ou quando aparece com aquela roupa nova que ‘comprou do cara ali’. Aquela marca no pescoço que foi ‘num esbarrão’ ou naquele lugar mais íntimo é ‘algo que apareceu do nada’.

Aceitar isso POR QUALQUER QUE SEJA O MOTIVO
É muita coragem... ou muita falta de.

Coragem para enfrentar os julgamentos e chacotas alheias. Sim... daquela GALERA que ta cansada de saber que você é traída, e muitas vezes trocada por outra.
Coragem para enfrentar a família que logo percebe que o tal moço ‘não é para casar’, que percebe que este ‘gatinho tá bebendo leite fora do potinho...’
Coragem para aceitar um filho de outra, ou até mesmo uma doença.
Coragem para acreditar que ele te ama e não vai fazer isso novamente...
Coragem para acreditar que ‘aquilo não significou nada’

Ou falta de coragem de levantar, bater a poeira e começar sua vida de novo, mesmo depois de 10, 20, 30 anos...
Falta de coragem para conferir os arranhões nas costas e os cupões e cheiros de mulher nos pescoços, recados no celular, ligações, emails e tals.
Falta de coragem para enfrentar a dor que virá, a frustração e a solidão devido ao costume de estar com alguém.
Falta de coragem de assumir que você pode ser melhor que tudo isso, e tem milhões de outros homens por aí...

Falta de coragem de se assumir, dar os créditos de sua felicidade somente a si mesma...

Há quem diga que quem perdoa uma traição tem interesses que sobrepõem os sentimentos.

Mas quem sou eu para julgar?!

(falaremos mais sobre isso...)

quinta-feira, 10 de junho de 2010

"Open Your Eyes"


Mesmo com todo o calor do momento, com seu rosto colado no meu, seu cheiro penetrando em mim e suas mãos afagando meus cabelos, naquele momento pude ouvir outro som que não o da sua respiração e seu sussurro em meus ouvidos...
Aquela música vai pra sempre marcar o dia em que fizemos amor da maneira mais pura e sincera... senti uma entrega, uma cumplicidade, um carinho que, embalado por aquele som, parecia que ia me transportar para o infinito...
Algo muito surreal!
E como sempre, com você não poderia ser diferente!

A música:

Snow Patrol - Open Your Eyes
[Abra seus olhos]

Tudo isto parece estranho e irreal
E eu não quero perder um só momento sem você
Meus ossos doem, minha pele está fria
E eu estou ficando tão cansado e tão velho

A raiva me corrói por dentro
E eu não vou sentir os pedaços e os cortes
Eu quero tanto abrir seus olhos
Por que eu preciso que você olhe nos meus

Me diga que você abrirá seus olhos
Levante, vá embora, saia de perto desses mentirosos
Porque eles não pegam sua alma ou seu fogo
pegue minha mão, entrelace seus dedos entre os meus
E nós sairemos deste quarto escuro pela última vez

Cada minuto a partir deste agora
Podemos fazer o que gostamos em qualquer lugar
Eu quero tanto abrir seus olhos
Porque eu preciso que você olhe nos meus

Me diga que você abrirá seus olhos

Tudo isto parece estranho e irreal
E eu não vou perder um só momento sem você.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O amor cura!


Os médicos ainda não acrescentam, mas acredite: Falta pouco para colocarem em seus receituários boas doses de amor.
Sim... pode fazer algumas perguntinhas ao seu cardiologista!
O amor cura!

Não há duvidas entre os especialistas que o amor previne doenças, e cura... e o nosso organismo agradece!

Um bom relacionamento social, ter um parceiro, um ambiente familiar agradável, estar de bem com a vida, ser otimista, sorrir e etc e tal, faz com que nosso corpo responda melhor aos tratamentos, tenhamos menos chance de adoecer, e são inúmeros os benefícios para o coração, já comprovados cientificamente.

Se o nosso lado emocional estiver equilibrado, nosso organismo tem grandes chances de estar também.

Já dizia o Lulu Santos “... mas o teu amor me cura, de uma loucura qualquer...

O inverso também é verdadeiro.
Se o amor faz muito bem, aquelas pessoas que estão com falta neste quesito, e que sentem tristeza, mágoa, falta de entusiasmo, falta de pessoas, solidão e de motivação, podem desenvolver depressão, câncer e outras doenças cardíacas.

Ninguém morre de amor, e não há analgésico para as dores que este causa.
Mas precisamos estar em equilíbrio em todos os aspectos humanos: não basta comer direito, fazer exercícios, estudar, ler, meditar e não cuidar do lado afetivo.
É este lado afetivo que muitas das vezes vai determinar a energia que dedicaremos a cuidar dos outros aspectos.

Portando, boas doses de amor pra vc!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Uma vida em nossas vidas

“Passaram-se três dias. Já era anormal este prazo.
Eu tinha uma esperança alegre... um sentimento bom. Algo quente e gostoso tomava conta de mim. Os sorrisos eram tão fáceis...
Ele tremia, tinha medo, mas estava ansioso e feliz.
Então decidimos averiguar.

A surpresa foi inexplicável. E aquela esperança foi substituída pela dúvida, que por si só já era triste, mas não definitiva.
E eu queria a certeza.

Já eram 4 semanas daquele maio de 2010.
Dois meses.
Ficamos encantados e então “grávidos” juntos.

Foi a maior perplexidade da minha vida, ver duas listras azuis se formando no teste.
Olhei por mais de cinqüenta vezes aquele resultado.
Não havia dúvida triste, nem certeza encantadora. Já havia amor. Incrivelmente já amávamos, conversávamos e sentíamos um ser que a gente nem conhecia.

Marcamos o primeiro ultrassom.
Naquele dia soubemos que o embrião media 4mm. Nosso filho já estava ocupando seu espaço em nossas vidas, em meu corpo e no mundo. Estava ganhando forma, presença e todo nosso amor.

Passamos horas imaginando seus cabelos, seu tom de pele, seus olhinhos, com quem será parecido (eu torço para que seja a cara dele!). Torcemos MUITO para que seja perfeitinho.
Descobrimos uma capacidade de sentir todas as emoções em segundos.
Impossível de descrever. Apenas vive-se.

Recebemos o primeiro presentinho: um par de sapatinhos amarelos de lã.
Quanta emoção. Vi seus olhos se encherem de ternura e de lágrimas.
Passei a tomar o maior cuidado na hora de escovar os dentes, pois os enjôos são muito fortes.
Parei de fumar, de beber, de pintar as unhas e fazer escova progressiva (buáaaaaa).
Sinto muito sono.
E a cada dia penso “qual vai ser a sensação de hoje?”
Multipliquei o número de travesseiros na cama.
Tenho ataques de faxina: jogar fora coisas velhas e arrumar as coisas para receber o nosso bebê.
Imagino-me enorme de tão barriguda.
Não vejo a hora de senti-lo mexer.
Ao mesmo tempo em que passo horas no shopping olhando a beleza das roupinhas e sapatinhos, que me encanto com a quantidade de ‘coisas’ para bebês, me assusto com os preços de todas estas praticidades, necessidades e luxos. E mais ainda por saber que muitas delas temos que adquirir.
Pensamos na cadeirinha pra colocar no carro. E eu só via rosa... porque sinto que é uma menina.
Temos que abrir espaços: no corpo, na casa, na cabeça, na rotina, para que neles caiba um novo ser…

Mariana ou Alice?
Rodrigo ou Eduardo?

Sempre sonhei em ser mãe... e ele seria um perfeito pai, sem sombra de dúvidas.
O seu jeito com crianças, sempre compreendido por elas, sempre amável e amado. Nasceu para ser pai. E fica muito mais interessante quando visto como “o pai do meu filho”. E preciso de sua mão quentinha sob minha barriga.

Estar grávida é ter esperança de um mundo melhor. E ter que se adaptar.

Agora seria pra nós, por nós.
E era lindo pensar que agora
não era mais “ele + eu”.
A expressão era: “nós três”
(três, pq no ultrassom mostrou apenas 1 bebê... rs)
Já uma família.”


Pra você, Priscila.