É curioso observar como às vezes nos pegamos fazendo algo que jamais imaginamos fazer, simplesmente porque isto vai de encontro a tudo que você acredita, deseja, sonha vê no seu futuro.
Mas esse negócio de futuro, destino, amanhã... é tão incerto, tão fora do nosso controle, que aceito as armadilhas.
Me considero suficientemente esperta para driblar quase todas elas. Menos a quase pior das armadilhas, que é o amor... (pior que ela, só o que vem depois de tudo, que é encanto inicial... mas esta também já estou quase vacinada!).
Me pego sendo calculista, estrategista, gosto de comandar as coisas, controlar e estar ciente de tudo. Tudo bem, às vezes enfio os pés pelas mãos, perco as estribeiras, me engano, erro, julgo, e confesso... Mas não abro mão de estar ciente de tudo... especialmente se vão (ou provavelmente) surtir algum efeito em mim.
E no amor isso não existe...
A gente pode até tentar controlar aquele brilho no olhar, o suar frio das mãos, o frio na barriga com o suspiro no pé do ouvido... mas dentro da gente é impossível enganar... o coração não bate, capota.
A gente sabe exatamente o que o outro nos causa... mas nega, nega pra si mesmo na tentativa de fugir de tudo aquilo, mesmo que seja tão bom... E nisso, se perde. Cria um espetáculo inteiro para demonstrar algo (ou nada) para o outro, e com o tempo aquele texto todo se configura como “farsa de início de relacionamento”.
Cansada destes clichês, e principalmente os pós decepção, friamente calculados, meus movimentos todos NÃO são para demonstrar que eu tenho medo de me envolver, de gostar, de me apaixonar... sem ao menos ter dado tempo de cicatrizar as feridas de um passado não tão distante...
São para demonstrar que eu não vou, não quero e não tenho mais forças para me machucar novamente. Isso cansa, dá um trabalho danado e eu francamente, não tenho tempo mais para isso... nem dentro do meus contos de fadas. Até as princesinhas das minhas histórias estão a fim de alguém para somar, continuar, para “viver felizes para sempre”.
o amor tem dessas né
ResponderExcluirao mesmo tempo que nos rouba o folego
esse mesmo folego
era o que ainda restava de ar.
mas nao adianta
o tempo
acaba confirmando q nao se vive sem nem um nem outro
sem sem amor
nem sem ar