segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Nada mais a fazer...



Não há nada que eu possa fazer. E não há ninguém que possa ajudar.

Na melhor das hipóteses vou ter uma amiga paciente pra me levar num bar e ouvir minhas lamentações e, eventualmente, me levar pra casa com segurança quando eu me comportar como uma idiota.

Na verdade, até existe alguém capaz de curar minha dor, mas esse alguém não costuma ter pressa: ele se chama tempo. Então tenho que procurar levantar minha cabeça, e dar um passo adiante, por menor que seja, porque ainda tenho um longo caminho a percorrer dentro desse inferno.

Ter pena de mim mesma não vai ajudar em nada, e por mais que eu não queria acreditar, sei que existe algum prazer em cultivar esse sofrimento. Sim, estar triste é uma forma de exercer a paixão, quando o alvo dessa paixão já se foi.

Estou usufruindo o meu direito de estar eternamente apaixonada...
E isso é ótimo, prova que sou uma romântica.

Mas, coisas ótimas não costumam ser baratas, e tem que pagar seu preço.



Em algum momento, tudo isso vai passar. E nesse caso, quando o furacão for embora, ele não deixará destroços, como se nada tivesse acontecido. Ai vou recuperar minhas noites de sono. Vou me sentir revigorada, vou estar feliz comigo mesma, e levantar minha auto-estima. Estarei pronta pra entregar meu coração à outra pessoa, mesmo correndo o risco de parti-lo em mil pedaços novamente, porque o amor... sempre vale a pena.