(Tati Bernardi)
terça-feira, 14 de junho de 2011
Ciúme não é ex.
(Tati Bernardi)
domingo, 12 de junho de 2011
Sobre tantas coisas, num só dia
É... acabou mesmo.
Não porque não nos falamos, não porque não respondi aos seus ímpetos de enganos.
Dessa vez eu não quis ir além de mim. Dessa vez eu não procurei não ficar mal. Resolvi passar por esta fase assim como tem que ser: com dor, com lágrimas, com falta.
Mas ao retornar, me senti tão acolhida... Surpresa com a surpresa de encontrar aqueles que me importo.
Foi estonteante e gratificante saber que alguém também se importa, que alguém me quer bem... e antes de mais nada esse passou a ser o meu objetivo: eu me quero bem, eu quero me acolher... não há amor maior que o amor próprio... e hoje pude resgatar tudo aquilo que você matou em mim: minha alegria, meu sorriso mais espontâneo, meus ombros e colos...
Eu quis sim te fazer feliz, te coloquei tanto em primeiro lugar, e esqueci de mim. E você também esqueceu... ou não, sei lá... esse é você: no seu mundinho onde só há você, com seus seguidores e com seus falsos e pagos amores... eu fui de verdade pra você, então você não se acostumou, rejeitou e preferiu viver na mesmisse.
Acho que te causei medo.
Amor, eu sei, não é uma questão de escolha...
Não porque não nos falamos, não porque não respondi aos seus ímpetos de enganos.
Dessa vez eu não quis ir além de mim. Dessa vez eu não procurei não ficar mal. Resolvi passar por esta fase assim como tem que ser: com dor, com lágrimas, com falta.
Mas ao retornar, me senti tão acolhida... Surpresa com a surpresa de encontrar aqueles que me importo.
Foi estonteante e gratificante saber que alguém também se importa, que alguém me quer bem... e antes de mais nada esse passou a ser o meu objetivo: eu me quero bem, eu quero me acolher... não há amor maior que o amor próprio... e hoje pude resgatar tudo aquilo que você matou em mim: minha alegria, meu sorriso mais espontâneo, meus ombros e colos...
Eu quis sim te fazer feliz, te coloquei tanto em primeiro lugar, e esqueci de mim. E você também esqueceu... ou não, sei lá... esse é você: no seu mundinho onde só há você, com seus seguidores e com seus falsos e pagos amores... eu fui de verdade pra você, então você não se acostumou, rejeitou e preferiu viver na mesmisse.
Acho que te causei medo.
Amor, eu sei, não é uma questão de escolha...
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Quebrando as correntes...

Eu preferia ficar no zero a zero.
Se não era capaz de me fazer feliz, que não me fizesse sofrer.
Só vou lamentar o quando permiti que você destruísse tudo de bom que havia em mim. O meu maldito medo da solidão trouxe você pra minha vida, e me fez ter medo de muitas outras coisas.
Com você descobri o quanto a mentira dói... o quanto é duro amar alguém que não tem nem amor próprio. Com você aprendi que por mais que você ame, que você faça e aconteça, o outro nunca muda.
Com você aprendi do que uma pessoa é capaz por inveja, egoísmo e egocentrismo.
Aprendi todo o outro lado do amor.
Mas então saio de cabeça erguida dessa prisão que foi estar com você. Eu sim saio de cabeça erguida, a coloco no travesseiro e durmo tranquila, sabendo que fiz tudo o que podia fazer pra dar certo, pra fazer ser diferente.
Então, na verdade eu não saio no zero a zero. Eu saio com vantagem, pois eu sim aprendi muito com você.
Aprendi a não me doar tanto, a não me entregar de cara. A não acreditar mais em alguém que mente pra si próprio. A não mais abandonar quem esteve comigo o tempo todo.
Dessa vez vou fazer diferente. Vou realmente me livrar de qualquer resquício de você. E não vou olhar pra traz pra dizer que quem perdeu foi você... eu estarei tão a frente que mesmo que olhar pra traz, eu não o verei.
Eu não sei pra onde vou. Mas agora eu vou... Estou quebrando toda e qualquer ligação com o mal que você me faz...
quinta-feira, 9 de junho de 2011
O amor no colo
A dor não pede compreensão, pede respeito. Não abandonar a cadeira, ficar sentado na posição em que ela é mais aguda.
Vejo homens que não têm coragem de terminar o relacionamento. Que não esclarecem que acabou. Que deixam que os outros entendam o que desejam entender. Que preferem fugir do barraco e do abraço esmurrado. Saem de mansinho, explicando que é melhor assim: não falar nada, não explicar, acontece com todo mundo.
Encostam a porta de sua casa (não trancam) e partem para outra vida.
Não é melhor assim. Não tem como abafar os ruídos do choro. O corpo não é um travesseiro. Seca com os soluços.
Não é melhor assim. Haverá gritos, disputa, danos. É como beber um remédio, sem empurrar a colher para longe ou moldar cara feia. É engolir o gosto ruim da boca, aguentar o desgosto da falta do beijo.
Será idiota recitar Vinicius de Moraes: "que seja infinito enquanto dure". A despedida não é lugar para poesia.
Haverá uma estranha compaixão pelo passado, a língua recolhendo as lágrimas, o rosto pelo avesso. Haverá sua mulher batendo em seu peito, perguntando: "Por que fez isso comigo?"
Haverá a indignação como última esperança.
Haverá a hesitação entre consolar e brigar, entre devolver o corte e amparar.
Vejo homens que somente encontram força para seduzir uma mulher, não para se distanciar dela.
Para iniciar uma história, não têm medo, não têm receio de falar.
Para encerrar, são evasivos, oblíquos, falsos. Mandam mensageiros.
Não recolhem seus pertences na hora. Voltarão um novo dia para buscar suas coisas.
Não toleram resolver o desespero e datar as lembranças. Guardam a risada histérica para o domingo longe dali.
Mas estar ali é o que o homem precisa. Não virar as costas. Fechar uma história é manter a dignidade de um rosto levantado, ouvindo o que não se quer escutar. Espantado com o que se tornou para aquela mulher que amava. Porque aquilo que ela diz também é verdade. Mesmo que seja desonesto.
Desgraçadamente, há mais desertores do que homens no mundo.
Deveriam olhar fora de si. Observar, por exemplo, a dor de uma mãe que perde seu filho no parto.
O médico colocará o filho morto no colo materno. É cruel e - ao mesmo tempo - necessário. Para que compreenda que ele morreu. Para que ela o veja e desista de procurá-lo. Para que ela perceba que os nove meses não foram invenção, que a gestação não foi loucura. Que o pequeno realmente existiu, que as contrações realmente existiram, que ela tentou trazê-lo à tona. Que possa se afastar da promessa de uma vida, imaginar seu cheiro e batizar seu rosto por um instante.
Descobrir a insuportável e delicada memória que teve um fim, não um final feliz. Ainda que a dor arrebente, ainda é melhor assim.
Fabrício Carpinejar
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